A ACP faz 52 anos em 2024
Uma história de solidariedade, amor ao próximo, propagação da Palavra e de transformação de vidas começou há 52 anos, com o início da Associação Comunitária Presbiteriana (ACP).
Por meio da iniciativa de ação social dos membros da Igreja Presbiteriana de Curitiba (IPC) em ajudar um orfanato, o trabalho começou a tomar forma e a vontade de ajudar o próximo foi angariando mais pessoas.
Em 1964, fundou-se o Lar Hermínia Scheleder, muitos órfãos foram atendidos e o trabalho se profissionalizou, mais processos foram implementados e o próprio serviço teve uma considerável mudança ao longo dos anos.
O Lar Hermínia Scheleder hoje é uma casa de acolhimento institucional que é um dos serviços de Proteção Social Especial de Alta Complexidade do Sistema Único de Assistência Social. Seu principal objetivo é promover o acolhimento de indivíduos com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, de forma a garantir sua proteção integral.
Acolhimento institucional é um serviço que atende crianças e adolescentes em medidas protetivas por determinação judicial, em decorrência de violação de direitos (abandono, negligência, violência) ou pela impossibilidade de cuidado e proteção por sua família.
A unidade de acolhimento possui características residenciais, é um ambiente que oferece condições de acessibilidade, higiene, salubridade, segurança e privacidade. Assim como atendimento personalizado de assistente social, psicóloga, nutricionista, escola de boa qualidade e atendimento médico quando indicado.
O objetivo principal, como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece, é a reintegração da criança com sua família de origem. O retorno familiar só é alcançado quando os familiares são capazes de reverter as circunstâncias que levaram à aplicação das medidas de proteção. Todos os envolvidos buscam garantir os direitos fundamentais da criança. Caso a reintegração não seja possível, abre-se o processo de adoção.
No Lar Hermínia Scheleder, quase 80% das crianças e adolescentes acolhidos retornam ao convívio de suas famílias naturais. Isso é reflexo da dedicação da equipe multidisciplinar e da transformação das famílias quando recebem o suporte necessário.
CEI Miriam
Em 1975 fundou-se a Associação Comunitária Presbiteriana como a gestora oficial dos projetos sociais da Igreja Presbiteriana de Curitiba. O atendimento ao Lar Hermínia Scheleder continuou, e o trabalho se ampliou com a construção do Centro de Educação Infantil Miriam (CEI Miriam), em 1976.
A intenção foi atender as crianças da região do Pilarzinho em Curitiba enquanto as mães trabalhavam. Hoje, o CEI Miriam é um referencial em educação infantil e conta com atendimento odontológico, nutricional e uma equipe de pedagogas especializadas para atender mais de 135 crianças de 2 a 4 anos. Como há a integração na Rede de Proteção da Criança, pais, avós e familiares também participam ativamente do desenvolvimento das crianças.
O Centro de Educação Infantil promove o desenvolvimento do indivíduo em todos os seus aspectos, de forma integral. O educar conta com o amor, com o vínculo positivo, com o carinho e com o respeito às individualidades.
Amor que Comove
Já após alguns anos de trabalhos sociais na ACP, houve a iniciativa de dar assistência aos moradores de rua da cidade, em 2014, assim criou-se o Ministério da Igreja Presbiteriana de Curitiba, o Amor que Comove. Esse trabalho é realizado por membros da igreja que oferecem refeições, agasalhos e assistência para dependentes químicos, assim como para pessoas que necessitam de acompanhamento psicológico.
Além de arcar com as necessidades individuais dos moradores de rua, a iniciativa do Amor com o Comove tem o intuito de levar a palavra do Senhor e dar atenção a pessoas carentes, assim com em todos os projetos da ACP.
Instituto Social Vó Durvina
Em 2019, houve a integração de um projeto social que já havia se iniciado em 1976, também por membros da IPC. A senhora Durvina Marcondes, costumava ajudar os mais necessitados como podia, e ensinou a solidariedade para suas filhas Jandyra, Jahyra, Jessy Mary e Jurema que fundaram o Departamento de Ação e Promoção Social Vó Durvina, em sua homenagem.
Esse trabalho foi se transformando ao longo dos anos, principalmente gerenciado pela presidente Carmen Lúcia Ferreira, neta de Durvina, e que hoje é a presidente da Associação Comunitária Presbiteriana. O departamento passou a ser um Instituto Social e foi integrado à ACP, que hoje é sua mantenedora.
O Instituto Social Vó Durvina, atualmente, é um Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos que atende crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, promovendo atividades que integram famílias e afastam os jovens de vulnerabilidades e da criminalidade. São oferecidas atividades recreativas no contraturno que incentivam esportes, cultura, lazer, estudos e apoio socioemocional. Recentemente, foi implementado o projeto de Jovem Aprendiz para o Instituto, também.
A intenção é proporcionar aos jovens um ambiente seguro, saudável, que atenda com dignidade e valorização integral, por meio da promoção humana e espiritual, respeitando seus direitos em um processo educativo de formação continuada.
Esse é um resumo da grande história da Associação Comunitária Presbiteriana que contou com centenas de pessoas dedicadas, que se doaram para transformar vidas, dar um futuro melhor para crianças e adolescentes, e fazer parte de uma sociedade mais justa, igualitária e que promove o bem.